Me classifico na categoria de apreciadores de vinhos de sobremesa, os licorosos. Há quem não goste deles exatamente por sua maior característica: a doçura. No entanto, são o par ideal para acompanhar doces, principalmente os com chocolate, queijos e geleias de frutas. Com os sorvetes também se dão bem.
No último Wine Share, do espaço Cardamomo Enograstronomia, tive oportunidade de degustar o Licor de Tannat Vintage 2016 da Casa Deicas. Um licoroso uruguaio de respeito, vinificado pelo mesmo processo do Vinho do Porto, com a fermentação interrompida com adição de álcool, preservando os açúcares naturais das uvas Tannat mais maduras. Depois, é envelhecido em barricas de carvalho. Os aromas, doces e persistentes, rementem a chocolate, menta e passas.

No encerramento do jantar preparado pelo chef Colman Kinijinik, o Licor de Tannat veio acompanhar uma panna cotta com coulis de frutas do bosque. Parceria perfeita.












































Roberto sorri e faz um galanteio. Carolina foge dali em pensamento. Volta à viagem para Copenhague, um dia feliz com Francisco, desvendando as belezas da Dinamarca, as avenidas largas, um povo bonito, loiro, a profusão de bicicletas, as barcas percorrendo os canais, o sol forte. Francisco para em um quiosque no meio da praça e diz que ela precisa provar uma delícia típica da cidade. E vem de lá com uma ‘corda’ escura. Ela, feliz, coloca um pedaço na boca e sente novamente aquele arrepio: é bala de alcaçuz. Queria cuspir, uma, duas, três vezes. E mesmo que Dona Laura não esteja ali para repreendê-la, o amor por Francisco faz com que engula a bala, como uma prova de amor. Afinal, ele adora esse sabor.
