Tenho verdadeira paixão por nhoques, de todos os sabores e com os mais variados molhos. Aqui em casa, sempre que posso dedico um bom tempo para produzi-los. Principalmente para os almoços de domingo, quando costumo reunir toda a família. Duas travessas enormes com sabores ou molhos diferentes. São horas preparando, e apenas minutos para que desapareçam à mesa.
Podem ser de batata, mandioquinha, abóbora, ricota ou outros quetais. Sempre são bem-vindos. O de batata doce, no entanto, é um dos meus prediletos. Ainda mais se contar com um atrativo que vai além do sabor: a cor. São deliciosos esses nhoques de batata doce roxa, com leve toque de noz moscada e molho simples de manteiga com cebola e alho aromatizados, de preferência, com coentro. Mas que pode ser com salsa, se preferir. A pimenta biquinho, na decoração, dá alegria ao prato, além de acrescentar sabor. Eu gosto deles macios, por isso, acrescento a farinha de trigo aos poucos para que não endureçam.
Nhoque de batata doce roxa
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3 batatas doce roxas
1 ovo
150g de farinha de trigo
1 pitada fermento em pó
sal e pimenta
noz moscada
Molho
2 colheres (sopa) de manteiga
2 dentes de alho picados
1 cebola picada
coentro ou salsa picada
sal e pimenta
Como Fazer
- Cozinhe as batatas doce com casca ou envolva em papel alumínio e leve ao forno para assar.
- Descasque as batatas e amasse ainda quentes.
- Junte a manteiga e o ovo levemente batido.
- Tempere com sal, pimenta e noz moscada.
- Acrescente a farinha de trigo e o fermento em pó, misturando bem.
- Faça longos e finos rolinhos e corte os nhoques.
- Cozinhe, aos poucos, em água com sal.
- Quando vêm à superfície, os nhoques estão cozidos.
- Retire com uma escumadeira e vá colocando em uma travessa.
- Para o molho, aqueça a manteiga e refogue o alho e a cebola.
- Tempere com sal e pimenta.
- Junte os nhoques e misture delicadamente, cuidando para que não percam a forma.
- Na hora de servir, adicione o coentro ou salsa picados.
- Decore com pimenta biquinho.
Notas
• Se quiser, na hora de servir, polvilhe queijo ralado.
Nhoques e história
Conta-se que o nhoque teria surgido, no século 17, na Itália por conta da escassez dos períodos de guerra. Se a despensa dos ricos não sofria o racionamento da farinha de trigo e as massas continuavam fazendo parte do cardápio, os pobres precisavam improvisar com pão velho ralado ou moído misturado com um pouquinho de farinha e água quente. Modelados em rolinhos e cortados em pedacinhos eram cozidos em água salgada ou caldo de vegetais com ossos de galinha. Com o tempo, até os ricos adotaram a ideia. Só mais tarde é que a batata veio fazer parte da receita, pois chegou à Europa apenas no século 18. Os gnocchi foram ganhando ingredientes como os ovos e até, em alguns casos, um pouco de manteiga.
O do dia 29
Há quem garanta que, num dia 29, São Pantaleão teria chegado a um vilarejo e pedido comida a uma família pobre. O anfitrião teria dividido a parca refeição com o santo. A cada pessoa teriam cabido apenas sete bolinhas de nhoque. Após as despedidas, os donos da casa teriam encontrado moedas de ouro sob os pratos. Seria essa a origem do costume de se colocar uma nota ou moeda embaixo do prato de nhoque no dia 29, para atrair fortuna. Essa crença é contrariada pelos fatos históricos. Afinal, São Pantaleão viveu entre os séculos 3 e 4, isto é, muito antes, de a receita do nhoque ter sido inventada.